quarta-feira, 13 de agosto de 2014

EU SEMPRE LEMBRO

Eu sempre lembro das minhas investidas, loucuras, aonde o meu lado prostituto falava muito alto, gostava demais desse lado, ainda existe, não quero deixar que meus ais ficassem no cais, saia curta, salto alto, colocava entre minhas coxas, minha boca ressecada pelo sal da maré, logo sentia doce do néctar,  risadas, muitas risadas, membros eretos, cabeça erguida, só no toque, aquele colocar de pés, dentre nossas virilhas, uma massagem gostosa, frio demais, ao lado vodka, nos embebedavam, o moço tocava o leme numa ânsia depravada, lua cheia, sobre um olhar faminto, apenas  nossa nudez, não desperdiçamos o tempo, não podia, que bravo rapaz, encostou-se ao leme, abaixou-se, passou a mão na água gelada, continuou olhando, com aquela barba bem feita, olhos verdes, abaixou a cabeça, banhou-se nas ondas, voltou, apenas para levarmos para casa.

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA

EU TE VIRO NO AVESSO

Eu te viro no avesso e
Você pede para eu dizer
Aonde eu quero lhe fazer
Estremecer
Deixo-te incontida
Livre ai você me crava
Essas suas unhas grandes
Arranha-me desde abaixo dos
Meus cabelos até meus pés
Com uma força de fêmea que
Deixa-me pulsante o tempo todo
Profundamente gozada me permito
Que as flores exalam se abrem
Com as pernas abertas nos roçamos
Numa velocidade nossa e
Um novo encanto desconhecido a
Nós duas nos faz
Gemer inacabadamente até
Adormecermos uma sobre a outra

POESIA DE BEY CERQUEIRA