segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ARRANCA MINHA ROUPA

vem novamente pôr-se a luz forte
se esconde através de uma roupa preta
de madrugada... a lua brilha ao seu encanto
um encanto...cheio de libidos
ardente sobre um vôo livre
do amém até ao livre-arbítrio
de joelho uma santa..... todos ajoelhados
uma meretriz que canta.....
provocante a beira do banco..de ponta a ponta
toma comunhões e bebe o leite derramado
derrama vinho e se embriaga
mulher das escórias dos ais de um cais
das minhas entranhas....da minha dor que a chama
....e no confessionário abençoada se levanta
pede minha companhia
a procissão dos embriagados
uma senhora se defere
apenas por estar de pernas abertas
a lua se fecha.... rua sem saída
acendo um cigarro e fico patética
curvo ao corvo que voa ao longe
um espasmo.....desdobradas
se jogam uma sobre a outra....e se beijão
o beco fede .....mais serve de espelho
espio ao reflexo que está no chão
minhas mãos avançam....funda fenda
vagarosamente selvagem ela me agarra
as ancas....e arranca minha roupa

bey cerqueira

TÃO TEMIDA

tão temida me olhando, de frente exposta a sua expectativa, desespero, antes posto, sobre ao que lhe paga, freguesia, enquanto eu ao meu mercê,  a falta que lhe faz  uma mulher, deseja carinho, eu a tardinha chego, e lhe proponho umas caricias, você reluta, mais seu corpo não mente, deseja, teu olhar cheio de lagrimas, não nega, o seu querer, és uma mulher da noite de estrada, que sente frio, e lhe mostro um outro lado, de menina eterna, de vontades fortes, sexo, paixão, lhe dou um beijo, tímido diante do que você sempre teve,  passo a mão nos teus cabelos, encosto teu rosto no meu ombro, meu corpo é quente, o seu está em busca, um pouco com medo, mais tira o sutiã, pega minha mão, coloca dentro de sua blusa, amacia em seus seios, e eu dormente faço amor contigo.....

bey cerqueira 

SEXO PAIXÃO CALOR

sexo
paixão
calor
suor
praia lambida
tá quente....
pega um gelinho
vem de costas
me encosta devagar
coxas grossas
duras musculosas
tremem e eu me assanho
ávida de rapina.....aridez me mordo
serena selvagem me ponho
no chão da sala....
nossos vícios ....fetiches
num gosto de vinho tinto
sangria amarga que marca
e logo a boca se curva
o pecado nos adormece

bey cerqueira

UM EQUÍVOCO

eu de corpo alma sexo
sobre uma raíz mal cortada
explode a fêmea no sonhar
de um macho....ele é branco
feito neve....que gela e esfria
nesse querer ao masculino.....
mistura e me firo....
sublime sexo do pensar ....
fetiches de dia e de noite
mulher aberta sem calcinha por baixo da saia
a diversos delírios e vontades aberta
so horizonte que chora a vida melhor
ficamos ao tatear e eu me esquivo
em um arquivo velho
uma sobra a outra
um livro empoeirado.....
intensamente um querer de um homem
a qual eu não deixei nada a desejar

bey cerqueira