terça-feira, 5 de junho de 2012

COMO MULHER


Chove poesias  hoje 
Ontem, os versos calaram
Era feriado prolongado
O poeta saíra a passear, com a
musa de ocasião, aquela oportuna


A poesia, calada de ontem 
saiu da madrugada, enciumada 
Resoluta, amanheceu a beira mar
passeando ...


O poeta apaixonado, dela a poesia, tenta
insanamente, traze-la nessa madrugada,
para a cama dos versos
A musa que o fez arder, nem faz mais
sentido...
E, a poesia a castiga-lo, bronzeia-se 


As ondas a aconselha, ela soberana, dona do
sentir desmerece tais palavras
A poesia, cheia de desejos, calçou as
meias presa as ligas e carmim nos lábios
Saiu para pecar,  trancou a casa,  bate
a porta, desesperado, o poeta de barba mal
feita cheirando a pecado
Ela, a poesia, perfumada peca a tortura-lo
Com tantos poetas que possa suportar  o
peso sobre si


sulla fagundes

VOCÊ É TUDO


você é tudo que eu quero
deixarei sim usar brinquedinhos em mim
só em pensar já tudo mexe comigo
fica enorme...me desatino
aperto minhas pernas quero entre elas
vou ficar inchada irar até se confundir
ficara do tamanho exato
sentiremos choques de tesão
entre delicias mordidas
mulher de um vendaval único
plena intensa única
que me deixa louca
em suas verdades
eufórica que só a noite sabe
numa profunda madrugada que
rodeia em fogos dos quais me queima
nesse calor que incendiaste ....sobre uma e a outra
toca-me.....toca-se....agora....por favor

POESIA BEY CERQUEIRA

VAMOS ARREBENTAR....


vamos arrebentar todos os preconceitos, e deixar rasgar nossas entranhas, olharmos uma para outra, e nesse dedilhar como  tocássemos um piano de calda, num som agudo de nossas juras. de amor e paixão, eterna, e tudo em volta se acalmava, desde os bichos, até as unhas das panteras, escuto seu gemido, nossas coxas, caímos num capim, naquele galão, cheio de teias, aonde os ferros trituravam, a nossa invasão, nossas bocas abertas, me beija agora, com lábios molhados, borgonha,  chupa a fruta afrodisíaca, chegamos ao êxtase, galopamos, nuas, ao longe cavalos de ponta tina, que o vento lhe soprou,  expostas, o tesão louco, enfeitiçadas todo nosso corpo, rosada película, que se alucina com o cheiro, do manto preto, mal lavado, sujo, caímos no açude,  para acalmar aquele nervinho que pulsava .....

POESIA DE BEY CERQUEIRA

ARTE DE SHEILA