quarta-feira, 20 de agosto de 2014

JAMAIS PERDEREI A TERNURA

Jamais perderei a ternura, mesmo que a vida diz ao contrário, mesmo que suas mãos não esteja mais juntos a minha, mesmo que eu tenha que me virar sozinha, mesmo que minha cama esteja com a sua ausência, que eu tanto tento retirar o seu cheiro, mesmo que todos os dias eu sinto seus passos, caminhando para abraçar-me com cuidado, e lhe dá um cafuné, cheirando-a intensamente, mesmo que eu abra a porta do banheiro sem bater, porque sei que não estás lá, eu jamais vou perder a ternura, mesmo que quando a sós de madrugada eu tenho que me virar para não deixar-me queimar os lenções de tanta saudade, jamais perderei a ternura, em momento algum, mesmo que em outras bocas eu vou beijar, e sei que tu estás beijando, jamais perderei a ternura, mesmo sentindo que é você, que eu amo tanto, mais pode ter certeza, que mesmo com toda a ternura que eu ainda me resta, ela também mudou um pouco, atravessou a rua, me dá bom dia todos os dias, toma café da manhã comigo, faz até sexo, corre atrás de mim como se eu fosse a única alternativa dela, olho para trás, e percebo que é a ternura que não quer me deixar sozinha.

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA

INVENTAR COM VOCÊ

Inventar com você, nossa eu fico louca.
Nessa quentura de nossos corpos
Esfregando me veio a ideia de 
Passarmos gelinho abaixo do umbigo
No inverso das costas
Nas virilhas carinhosamente se abre
Esfriando esse estado de fusão químico
Que eu não me desfaço apenas
Desfaleço nesse beijo doido
Delicioso num 
Compartilhar contigo o roçar dos seios
Pontiagudo em meus lábios
Nesse exato momento me atinge o seu olhar 
Fico desgovernada por que 
Quero-te tanto mulher

POESIA DE BEY CERQUEIRA