mulher que não me deixa dormir
toda a madrugada ela me pensa me acorda
a um sopro ao som da harpa
até ao soneto
do cântico dos anjos.....aos pobres que dormem na rua
dos que não conhecem fantasias...e que se masturbam
renasce sobre a pele em cinza provérbios....bíblicos
falseados em colchetes ...porque ouço a sua carne tremer
numa cama fria....só compondo suas melodias
seus encantos morre consigo mesmo ela dorme
invadi as paredes e atravessa sangue quente roça
seus próprios demônios dentro de sua vida
depois vai comer frutas...lava as louças e procura o
sino que toca exilada
ereta de bruço espanca as suas partes íntimas .....
até sangrar ....pensando como uma mulher que chora
sozinha.....nada ouço do seu lamentar que é inevitável
porque faz parte de sua hipocrisia aperta as pernas
para esconder o que sente....eu sou hermafrodita das mentes
em busca do gozo pleno diversos jeitos e
aos invejosos que me acusa de ser quem eu sou
pega e senta ao violão selo se aperta numa cadeira
esconde debaixo da cama....e chama pela mãe
entre suas têmperas quer arde ao esconder-se sobre a sombra
de uma mulher qualquer....
o que nos teus braços queriam ter
sobre um silêncio quebrado
POESIA DE BEY CERQUEIRA