em tua teia quando me embolo
pode me chamares de tu
gargalhadas solto quando falas em tréguas
belo disfarce minha senhora porque a cama
revela outra coisa
não posso esperar teu corpo virgem
vir me buscar teus peitos cor de jambo
me lembro sobre meus lábios úmidos e nele
escrevo o meu nome
em cada uma pirralha que amordacei já esqueci
eu não sei quantas mulheres eu tenho dentre em mim
me lembro o gozo as vezes satisfatório pleno
como vícios das palavras vou ao fundo pequena
sendo que de amor até se fala nem se sente fica
ao longe bem longe perto do horizonte aonde as ondas
se formam que batem nos castelos de barros
construídos sobre mãos ferinas lambuzadas
sem sono a beira do cais numa rede no balanço do cheiro
da sua fruta morango que fica em brasa
arrepiante dobrada de pernas em minha boca
pulsante olhar sobre essa mulher de uma mulher
que vibra fibra na lida arrancando raízes e
entre meus disfarces quando te olho
espio no espelho um abraçar a arranco
as vísceras lhe toco até ao fundo quando
arrepia o seu ventre
POESIA DE BEY CERQUEIRA