quarta-feira, 31 de julho de 2013

QUANDO EM MIM

Quanto a mim andando descalça
pela chuva forte que molha minhas
calças entrando em minha gruta 
me deixando totalmente excitada 
quando as nuvens passam e o sol vem
suavemente queima exala seca minhas entradas
sinto logo o seu odor arder minhas carícias 
que se, se agitam me fazendo esconder
dentro atrás do muro rabiscado
desvairada coloco-me escondida e sem sentir
arranco minhas roupas faminta de ti, grito o teu nome
me curvo pela dor que minhas coxas fecham
em meus porquês derrama sobre o chão de lama
devido a sua covardia em não me querer 
queima minhas entranhas chora por seus segredos 
desdenhado numa folha que cai em meu rosto
corro para um lago que é muito frio 
me roço em suas encostas 
que molhadas me deixa com respostas ativa
tentadoras propostas urgentemente 
arranhando o meu corpo para apagar  
arrancar das minhas raízes boca os seus instintos 
afogando-os bem fundo do meu vazio

POESIA DE BEY CERQUEIRA