segunda-feira, 2 de abril de 2012

EU FECHO EM COPAS

eu fecho de costas em copas
com o tempo
as aberturas de minhas pernas
....coxas...molhadas...curvadas
o que tem dentro de minhas entranhas
aperto e mato....malditas promessas não feitas
nem serão cumpridas....
interrompidas pela vida sem amor....pelo sexo
de um tesão ao toque longe a um olhar perdido
interpretado sexo egoísta a uma nudez que você
expos a outras.....a tantas outras (os) meretriz
as portas a procura .... de um ventre que dói
do que arraste de ti e jogaste ao lixo
não lhe prometi nada....
corro de suas garras
infeliz felina
selvagem mulher
não perdi a decência
nem o vou perder por você o
rumo de minha estrada
em copas acoplo com outra qualquer.....
pelo menos sei aonde estou pisando
tem nome...


POESIA DE BEY CERQUEIRA

NOSSO CASO DE AMOR

vamos correr cuidado para não cair
a mata é virgem o mato está molhado se cair
caia sobre mim....não se machuque...é a
neblina que caiu mais cedo ....escuta !!!!
bate nas pedras ali adiante....um mar revolto
ele vai suprimir as nossas imperfeições
e necessidades....valentes e soberbas
ficamos impuramente safadas as águas nos limpa
dentre nossas vestes apertadas e sobre
o fechar de pernas ao correr
para alcançar aquela onda
que dobra
que vai quebrar
adentrando como uma língua
dentro de nós duas... a uma diferente
temperatura quente e fria que nos coloca
uma sobre a outra ao furar lentamente
essa natureza gigantesca
numa tentativa de voo livre
sem limites
enquanto lá ao horizonte a lua surge
como testemunha viva do
nosso caso de amor....

POESIA DE BEY CERQUEIRA