segunda-feira, 30 de julho de 2012

A ARTE DE SHEILA



QUANDO SE INCLINA


QUANDO SE INCLINA

quando inclinada arreganho suas pernas
levantada sobre um olhar...no profundo que
me coloco na beira...mergulho de cabeça
molhando meus expoentes....abrindo em largas
numa falta de vergonha...numa grande safadeza
de duas mulheres que se engolem que se alinham
até no desalinhado das camas
rasgando lençóis com duras formas que apenas a nós
pertence fazendo-as eternizadas uma sobre a outra
no arranhar morder de ombros roçar das películas
entesadas retesada dilaceradas entranhas
ao tempo que marca penetra em vácuo
aperto a cintura....te travo cravo meu barco
testa avantajada....a deriva descendo correndo
contra a correnteza te seguro pelos dentes até seu ventre gritar
na vastidão de um tempo infinito sem pressa
aos vícios dos nossos dedilhados ao rigor do baixo ventre

POESIA DE BEY CERQUEIRA

A ARTE DE SHEILA