quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Eu não tenho muita certeza

Eu não tenho muita certeza, se o tempo castiga, ou passa tão depressa correndo que quando percebemos, ele já se foi, e o fico procurando, fico meia confusão, quando em mim exala qualquer cheiro, sinto um contexto de pulsões, acordes, quando meu sangue ferve, me sinto leve, pois me apanho a dedilhar-me, por opção a necessidade do meu corpo, que grita, me faço carícias, debruço sobre meu colchão, na beirinha, satisfaço, pelo menos alivio-me,  abro a porta do meu guarda roupa, um guarda roupa velho, e  ainda vejo uma mulher cheia de vida, querendo, expulsar todos os "demônios", quero deixar fluir ao passar dos dedos, pelos meus lábios, acima do joelho, brinco com meus mamilos, com a ponta do meu travesseiro, sem o mínimo pudor, sem a mínima culpa,  amar, só se for a mim mesma, não, não amor só uma vez, mais tenho várias paixões para sustentar o meu ego, por ai a fora, para que minhas rugas, cicatrizes, cresçam, na ilusão de que eu sou feliz, vou poder tocá-las, as marcas, quando o fogo queimar minhas raízes as mais profundas, no fechar e abrir de pernas, vou levando até pelas ruas, ninguém percebe, basta um olhar para que eu possa memorizar, a madrugada, sonhar.... para que eu perca o rumo, com certeza farei comigo, com o que se deita ao meu lado, capricharei, aos meus caprichos, talvez ela goste, porque estarei entregue totalmente, serei a própria fantasia, depois que eu virar para o canto de minha cama, serei eu mesma, e amanhã buscarei outras. 

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA

DENTRO DOS MEUS DISFARCES

Dentro dos meus disfarces
Eu posso e vou explorar 
Buscar pelo teu beijo aqueles
Que tanto nos fizeram 
Em diversas horas únicas
Do amor nem digo tanto
Maré alta perda da doçura
Ao encanto porém
Da essa tua alma que tanto
Quer negar rejeitar contrapõe
Num contratempo compasso
Errante sobre a minha 
Que te pede mais 
Minha mente diz o que o 
Meu coração não deseja
Esse olhar que me invade não nega
Veste-se de mim que eu provoco
Tensão numa volúpia devassadora
Sobre um trapézio aonde gangorra 
Uma fêmea muito amada por mim

POESIA DE BEY CERQUEIRA