SÃO MINHAS
aonde se esconde essa
pobre menina, criança faminta de amor, ardente para pecar, aonde se esconde
debaixo da cama, num instinto do ser pueril, do que vale essa mulher crescer, suficiente, será esmagada ao tapete mágico, sopro
de uma senhoria, em uma charrete, senzala sem grades, atrás das grades também a
vejo, e corro, descalça, pela rua afora, atrás de uma mulher vestida, largos
sintomas, prostíbulo, chora o que não soube interpretar, e se esfola pelas grutas
pelos seus próprios dedos, como uma andaria, buscando na foice do capim que a corta,
suas entranhas, um nome, sem rosto, qualquer coisa, em demasia, colapso de um
corpo virgem, sem posse nem vergonha, em maresia dos que trepam, dos que não
somam, assisti aplaude uma mulher desabotoada, dói na história erótica, nas fantasias
de amores, dores, mais tem história, das loucas polidas, eu me envergo a qualquer
boca que as fazem lapidar, as minhas vontades.
POESIA DE BEY CERQUEIRA