quarta-feira, 9 de maio de 2012

SAPECA MULHER


sapeca mulher em mim e me faz gemer
quando serena rebola gostoso em cima da testa
eu lhe pego pelas costas lhe faço ficar brava
me deixa sombria invocada sentindo a geada cair
me molha o short jeans e me tira a blusa com seus dentes
sinto a invasão de suas cortesias e minhas pernas se fecham
no balance da canoa nessa súbita erosão sobre uma mulher que
apenas dizia amém...

POESIA DE BEY CERQUEIRA

Um dia farei um soneto


Nada rejeito, num proveito
Amar,sonhar, saudades em branco
e preto
Soneto cortado, num pré texto
Sentir quebrado, na queda de mal jeito

Mais ânsias, por mil, aventuras
Relatando mais agruras
Inflar mais dores entre amarguras
Inverter as lágrimas em fagulhas

Deitar na cama, sem amar, sem formosura
Do mal feito, remediando, nas fases escuras
Tratando as marcas, no leito, em ataduras

Me recordar, impactada, nos espelhos
Contar as rugas, enquanto me sustenta os
joelhos
Caminhar, devagar,acomodada envelheço
Enganar, as estrelas e o sentir, na estreia
Dizer que a madrugada e a mais vil quimera

SULLA FAGUNDES

A ARTE DE SHEILA



A ARTE DE SHEILA



A MULHER QUE EU AMO .....SHEILA


voraz sobre minha fera que se esconde entre minhas pernas, tenaz a voz que nos dá febre, entre nossas bocas, abaixo do umbigo, na dança do ventre, que te engole, devora-me, com sua boca carnuda, molha-me na sua maré, você e uma mulher em vigília, enciumada, mais que está escrita no meu ventre, ele te proclama todos os dias, e grita apenas pelo teu nome, meu lapidar, tem as marcas do seu dedo, dentes, e coxas, é mágico isso meu amor, tesão das minhas vontades, meu fascínio, o teu sangue eu bebi dentro de uma vontade louca, eu estava explodindo, meu clitóris estava pulsante, eu sou sua, veja bem, não tenha dúvida disso nunca mulher amada minha, você é o meu diamante, seu sorriso, seu olhar, meus desejos, nossos fetiches, não são qualquer um a fazer, somos uma só, única, amo-te na profundidade de minhas entranhas, e lhe escondo dentro de minha gruta, para que possamos viver  um gozo, ímpar, pleno silencioso ao acaso, ao inverso, do verso de nosso caso de amor.

POESIA DE BEY CERQUEIRA

RECADO DO RECANTO PARA BEY CERQUEIRA


Quando ao dizer teu nome meu coração calar
Corres perigo de chorar ... chorar pela minha
passagem, fim de todos nós 
Quando olhares para o lado, seja  qual for, e, eu
não estiver, corres o  risco de chorar....
Uma  ausência, breve, pois alem de ti.. de mim...
há um escalar além das vontades mas és capaz de mais
algumas luas junto a poesia  
Existe um bosque onde colhemos  flores lá estive
arrumando nossa casa 
Não sabes, mas tem um riacho mágico onde moram
boas risadas 
Moram lá olhos  mágicos que antecedem as palavras 
eles pronunciam os sentimentos... so que louvaveis 
Lá onde mora a paz, moram muitas pessoas, não
ha pranto...  só que não podes falar alto, e, nem eu 
com aquelas gargalhadas, podemos ficar, é preciso
nos adaptar ao lugar 
Não te contei ontem,  vi meu pai  .. minha mãe  mas
eles  pensaram que eu havia  fugido de casa ...
Ficaram bravos! foi  sim...  e eu  também não sabia ...
o que  dizer,  até  não os reconheci  muito bem ... 
Apenas  sei  que lá  estão muitas moradas,  inclusive, 
a paz  sonhada  de tantos  a minha  ... a tua  ...
Mas antes  que  tu vá  tens que  ficar  um pouco ainda, amor 
aqui  sem mim... tens que te acostumar .. é um lapidar 
Porém  nossa  casa é lá  ... ah!! nem deu tempo de saber
se a poesia  se faz ... não ouvi  som  de  das falas  ... mas
a poesia  nasce  sem  som  .. como  diz  Gullar  


Sulla Fagundes