segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PODEROSO

roçada
rosada
enxada
clitóris doido
em cama posta
desarrumada
loucura
desejada
olhar de fêmea
palavras soltas
morder teus lábios
inferiores
sugar seu néctar
tira a sua roupa
minhas mãos a caminho do seu sexo
frescor do ar que se congela
invado sua vulva
minha língua seca
o amor se concretiza
desvairado dentro de mim
poderoso ao deitar-se sobre nossos corpos

bey cerqueira

UMA MULHER PRODÍGIO


que eu te impusestes
a condição de não sentir dor
lhe ponho acima de mim
na liberdade entre minhas coxas
sobre nossos joelhos
cotovelos
ao chão em posição de feto
você gatinha e puseste a mão
mostrando-me num choro e gemido
a entrada da caverna pequenina
um cativeiro
pequeno poder de sedução
a base de vinho
com piedade e muito tesão
sobre o sangue que jorra
lentamente entre suas pernas
amparado em minha boca
sobre meus pés ue te alicia
e que te faz uma mulher
prodígio

bey cerqueira

AO MEU DESEJO


amarras
correntes
chicotadas
acoites
germes
gemes
pedes
vai
devassa
sua mata
ponha
puseste
mão
arrasta
cascatas
a meu desejo

bey cerqueira

NUAS


nuas estamos somos únicas
na casa só escuta o ronco dos que dormem
o ranger dos dentes atrás da parta
dentro do quarto estão duas fêmeas
que falam baixinho na madrugada quente
que se entregam numa total liberdade
as cadeiras rangem
balançam
as mãos apertam e desarruma o lençol da cama
devido as imposições dos dedos
da língua que passeia no vidro que espia
sobre um ventre cheio de vontades desalinhadas
molhados pela sutileza da paixão
temos medo da porta abrir de alguém bater
..............dá dor de cabeça
entre esse forte no balanço de nossas cinturas
surge um miado chorado
da carne suada
fendas abertas e tocadas
da dor que não tem devido na gruta
a saudades
chibatadas  no clitóris
açoite…caladas
crua numa cria útil de entregas

bey cerqueira