Como um anjo que acalma a mulher
De vários momentos amontoados
Por desejos queimando em mim
Sou uma mulher libertina dentro de uma
Liberdade única impar se eu quiser
Ir a um cabaré ou subir uma montanha
Ninguém tem nada com isso
Sou fêmea machucada sobre uma menina
Assustadas estimuladas adormecem todos os
Instintos perante um espelho
Do qual me desmascara
Espia-me mostrando-me as rugas
Oferecida por tantos devaneios
Na madrugada pelos becos
Sobre tantas buscas de um prazer
Apenas pela carne sem veste emudecida
Deixo-me levar pelos impulsos excitados
Dos quais fico alucinada cheia de tesões
Acumulados que queres uma devassa ou
Uma loba pudica
Amedrontada pelo passado
POESIA DE BEY CERQUEIRA