sexta-feira, 14 de junho de 2013

COMO UM ANJO

Como um anjo que acalma a mulher
De vários momentos amontoados 
Por desejos queimando em mim
Sou uma mulher libertina dentro de uma
Liberdade única impar se eu quiser
Ir a um cabaré ou subir uma montanha
Ninguém tem nada com isso
Sou fêmea machucada sobre uma menina
Assustadas estimuladas adormecem todos os 
Instintos perante um espelho 
Do qual me desmascara 
Espia-me mostrando-me as rugas
Oferecida por tantos devaneios
Na madrugada pelos becos 
Sobre tantas buscas de um prazer
Apenas pela carne sem veste emudecida
Deixo-me levar pelos impulsos excitados
Dos quais fico alucinada cheia de tesões
Acumulados que queres uma devassa ou
Uma loba pudica
Amedrontada pelo passado

POESIA DE BEY CERQUEIRA