terça-feira, 21 de maio de 2013

AS MÃOS QUE ME TOCAM



As mãos que me tocam, embriagadas, embriagam-me, sempre num bar sujo, tem que cheirar bebida forte, cerveja espalha pelo chão, sou o rei de um palácio dais quais as tenho como rainha, não me cobram nada, lhes deixo livres, nadando, dançando, também não me cobram nem uma atitude sã, porque meus olhos quando as fitam enxerga os seus olhares, a cada um sei seu nome, por cada dança uma melodia, a cada harmonia das que me pede, e sobre a minha boca sedenta bordam acima, não importa que a pele os poros seja negra, ou branca, não importa, entrego à febre as faço sentir fêmeas, minhas intensamente.

POESIA DE BEY CERQUEIRA