quarta-feira, 8 de maio de 2013

PERNAS


Pernas
Crescente
Enquanto
Densa
Docemente
Curva em nó
Estafante carne
Furiosa
Desdobrada
Jorra
Olha-se
Imagem turva
Sou eu
Produzindo raios
Queimando
Os teus (nos) meus
Numa só sintonia

POESIA DE BEY CERQUEIRA

DESARME-SE


Desarme-se se curva vai até o chão
Fique de joelho aperto seu rosto
Vou descendo faminta até abaixo
Deixa-me pecar sabe por que 
Por que não terei razão de não fazer-te
Frívola para que suba sobre os pontos
Tantos pontos G que ao toque dos dedos
Fazem-me alucinar de tanto....ereta até
Na ponta da agulha fagulhas toca suas
Pintas entre minhas pernas mergulho 
Suspensa nos impulsos 
Estátua livre nua fique quieta
Vou fazer sua moldura e 
Com ela dormirei a madrugada
Abraçada em quantas árvores carnívoras
Correi roas que invade os ancestrais
Roçam dobram e bate sininho 
Desfruto do doce numa branda madeira
Cor de mel
Desarme se me deixa te amar
Porque a chuva pode cair tão forte
Que a tábua do ventre aberto
Entreaberta um dia pode apodrecer

POESIA DE BEY CERQUEIRA