Eu não sei definitivamente, lidar com você, tantos anos longes, você uma mulher da qual tanto amei, eu guardo esse amor, que amo, e com certeza amarei sempre, ordeno que me cale, preciso do meu silêncio, amadurecido, endurecido, e pedir para o meu coração não bater tão forte, minha película, no final são meus pecados que corta minhas raízes, deixo-me vagar pelo cais, meu ventre pulsa alimentando-me de mim mesma, porque nesta existência, chegar perto de ti é quase impossível, não me da um tempo, perdi o rumo, nesses pequenos pingos que desce quente dos meus olhos, vira uma cachoeira que lambe minhas entranhas, tampa meus poros, grito por socorro, porque tá muito difícil, endurecer-me contra você, por isso ando pelas noites, fazendo poesias eróticas, arranhando parede apertada, com frio, toco-me para sentir o seu cheiro que nem por um instante foi interrompido, meu corpo ainda é emoldurado pelo teu, , nessa pequena abertura que cabe-te perfeitamente, procurarei ser ditosa, sublime, mais apenas consigo ficar pálida, trêmula, sem encaixar suave sem ser entendida minha amada, sinto tanta falta de nós duas, sinto gelo, deito-me sobre um mármore, para aquecer meu gozo, tocar o sublime contorno, dos seus seios morenos, em minha boca, eu quase morro de tanto tesão.
POESIA DE BEY CERQUEIRA