Em suas cavernas profundas mergulho
minha língua ferina endurece
percorro todo canto deixando inchada
toca dedos famintos de desejos
tiro-os porque estou pronta
pernas fechadas automaticamente
perco o ar...me recomponho
pressionando o ponto lambendo arrepia
no poço fundo abre-se uma roseira deliciosa
vou circulando enfeitiçada anestesiada
e
brincamos sobre o jardim que aflora faço juras
de amor eterno até promessas já fizemos
como a harpa dedilhada e sobre um violino
ao longo entoa um canto fantasiado
dentre e os
meus sentidos já lá dentro
exala um perfume por todo meu rosto
transfigurado
um desejo tão latente que mutila a própria paixão.
você pede mais e mais segura meu cabelo
como uma leoa no cio pulsante
me arranha com seus pelos
que eu amo ser tão mal cortado
bate forte sobre a cama...me vejo como um
solitário bailarino da qual ventania brinca
em meus sonhos
POESIA DE BEY CERQUEIRA