sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ESTRADAS

promíscua não vou me preocupar, nem um pouco,  em te pedir licença, peguei você na esquina, não foi para conversar, vou para te instigar, te invadir, fiquei dando volta e você com um olhar penetrante, me fez parar meu carro, fiquei ciscando, acendi um cigarro, comprei uma cerveja,  inquieta, você entrou, piscou, me enfiou a mão entre as pernas, e meus prazeres acenderam, meu faro é forte, e você exalava um cheiro de fêmea, que tinha acabado de gozar, totalmente descontrolada, jogou-se em cima de mim, e eu lhe puxei as ancas, te coloquei nas minhas coxas, e te chamei de puta, cachorra, malvada, ordinária, você ria, brincava, e eu amei isso, a própria loucura do escondido, do medo, me fascinou, era madrugada, fomos a 100 por hora por uma estrada que somente a lua falava, fora de mim, também fui vulgar, maldita, e te levei para o mato, eu rasguei os seus impudores, sem roupa, toquei os seus momentos mais fugaz, esplêndida, não disse uma palavra, apenas deitou-se sobre meu corpo que lhe era desconhecido, me apertava com força, na ânsia de ser devorada, e eu lhe dei um beijo na boca, e você disse que me amava....

bey cerqueira  

POR FAVOR

entranhas aberturas que se machucam
dependendo da força dos ais
na vulva das beiras e eiras
naquele dedilhar na ponta da cabecinha
deitadas na rede no balançar exato tempo
levemente acima e abaixo
a cada levantar nossos corpos acoplando
mais ainda em uma nudez a luz do sol que queima
dá vontade de morder seus seios
tirar o sangue e pensar que é leite
apalpando entradas fechadas e proibidas
meio sem jeito não perdendo a elegância ao
acariciar a gruta....nessa caverna profunda
galopar e quanto mais aperta seus cabelos
tu tentarás adentrar dentro do meu músculo
vem aqui bem aqui vem me pertencer
no agora por vários agora por favor

bey cerqueira