NÃO SEI
não sei o que queremos, se pisamos em pedras,
amassamos vidros, ou gozamos em óvulos, amortecidos, mortos, mordemos corpos
estranhos, sugamos leite queimado, nadamos morrendo sufocadas pela areia da
praia, endurecemos mamilos enrugados, seios de uma potranca , ou vaginamos
desordenadamente, beco escuro, porrado pelo whisky na cara, com o cassete entre
as coxas, lambendo as temperadas, quebradas, se embora ao tempo roçar, término
temeu seu exílio, um termômetro quebrado, desfolhado aonde não se sente mais a
temperatura de duas damas, deixou-se pelo jogo do corpo, ocupar joelhos
desviados, cravando a cara entre eles, trocando seus toques afeminados, por
almofadas, dedos atrofiados, entre uma longa história, perturbada, já passada,
pelo mastro brocha mais afiado.
POESIA DE BEY CERQUEIRA