segunda-feira, 1 de julho de 2013

A ARTE DE BEY CERQUEIRA






DEFINITIVAMENTE

Definitivamente tremi nas bases, quando a brasa profana, entoada a todo os dias, me fazia atrevida, atrás de uma mulher desqualificada, quando me olhava no espelho, quebrado, minha boca cansada de uma realidade ao tocar mantos, sujos, com cheiro de sangue, soberana. E tu profana, as vezes santa, ao disfarce do meu querer, deslumbrante, nessa esquina, que relata tantos segredos, dos quais eu preferia que morresse, porque ainda dói o gozo forçoso, porque ainda ficou a doença perdida, inchaço de tantas mordidas, me torna imunda da própria fraqueza, ao sugar de seios machados, e deixar-te contorcer, pedindo que me fizer alimentar-se, apertava meu pescoço porque não queria que eu deixasse de possuí-la, demasiadamente, ali mesmo, ao longe um riacho, ao som dos pássaros, que abafava seus gritos incontroláveis da minha carne sobre tu, bandidamente, te peguei nesse cabaré de vísceras que interrompe seu cálice dos mais profundos, quando adormece em meus sonhos.

POESIA DE BEY CERQUEIRA