quinta-feira, 3 de setembro de 2015

QUE POSSAMOS

Que possamos ser, sermos, doce nas mudanças das estações, porque isso é a marca que deixamos para o outro ano, mesmo que desafinadas, num som acústico, num ambiente rustico , dançando aquela música, que tanto amamos, que mesmo nos desencontros, possamos ser doce, algumas mudanças, pelas veredas, nesse passo errado, nas mãos entrelaçadas, encostadas sobre nossas cicatrizes, mesmo assim as estações vão passar,  que possamos então sermos um encanto, uma prosa, enquanto decidirmos o nosso quereres, queremos tantas coisas, até sermos amantes, e com a delicadeza de duas mulheres que se querem tanto, chegaremos ao próximo ano, com mais encantamento do avesso, do ano que já passou, mais que não foi nos roubado, o aperto daquele abraço, daquela cama, daquele olhar que nos chama.

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA

NOSSOS CORPOS

Nossos corpos recompõe sobre essa maneira única de nós duas, no raso de sua fenda, nesse olhar que nos alucina numa ternura de menina, uma fissura que se salienta, dentro de minha boca, suas mãos suaves, contra as minhas endurecidas, molhadas, desprovidas, que descerra sua flora, que me embriaga em mil fantasias.

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA