seus apelos de costa eu pasmo
fome da virgem que tremia
ao ser tocada
de madrugada
todas
as despedidas
na busca
buscava brutamente
a sua delicadeza
diante tantas facetas
eu ainda tentava
aconchegar-me
banhar com o mel
ao teu olhar de desprezo
acima dos meus próprios medos
eu sabia todo instante
mais você não me deixava
ir
e dentro da minha insensatez
marcamos
nossos
prazeres
com covardia
e rimos da própria sorte
abafadas jogamos todos os
sonhos fora....salivas secas
suores talhos de remorsos
constante numa cama
abaixo ventre
me envergonho
de ter te amado tanto
mudas sobre a quentura
do cigarro que queima
esfregamos nossas peles e
eu vou embora
POESIA BEY CERQUEIRA