terça-feira, 27 de março de 2012

SEM INSPIRAÇÃO

vou abrindo rasgando a sua noite, vou procurando as ruelas marcadas pelas meretrizes, com gosto de sangue, com cheiro de sal, pelas lágrimas das ondas, lambidas, e sujas de areia, seu rosto marcado a cinco dedos, labirinto sem rumo a um navio ancorado, desce um homem rude bêbado, sem vida, também atrás de prazeres, para sua própria vida, tiras-te o pano, e me meu sono ao relevo do mastro, dobra-se, nas vaga dos dedos, o que entre as coxas primitivo animal lhe pagas em dinheiro....

bey cerqueira