quarta-feira, 21 de agosto de 2013

DA PRÓPRIA JUVENTUDE

Da própria juventude não podia ser a mais transviada, a noite era uma estrada sem fim lucrativo, meu travesseiro, um ombro qualquer deflagrado por mim, tantas mulheres, aleatoriamente num jogo sujo, noites inconsequente, que não faltava era gozo muitas vezes nem meus impulsos me causavam medos, jovem tinha um apetite de leoa, sem fim, meu sexo não me obedecia, rolava muita bebida, muita dança, sobre tablados eram tantas, nuas, lindas, meninas talvez com seus pontos tão abertos que não conseguíamos perceber,  aquela rua escura, Riachuelo, germinativa, trem da vida, ali encontrei grutas envenenadas e mortas, úteros dilacerados, olhares de amor. 

POESIA DE BEY CERQUEIRA