quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PERNAS QUE SE CONFUNDEM


PERNAS QUE SE CONFUNDEM

pernas que se confundem ao se
cruzarem é inevitável escapar da loucura
do ereto quando roça sobre um braço
um louco tesão inconfundível....são
amantes que borbulham pulsam  
exalam pelo beco arranha ruelas um forte
desejo .....desce até ao joelho um líquido
cremoso límpido que eu sugo mancho minha boca
ela arde ao fel de um tempo um sangue pisado
íntimo teu meu.....escapa pela beira açoitada
de um lago água corrente abafa o cheiro das moradas
fundem-se numa foda um sexo soando
pelos meus dedos solidificado num tom bemol maior
duas amantes percorridas mordem suas moradas
antigas cicatrizes um pequeno corpo que em partituras
se curam....trocam escapam das labaredas
veste-se como fadas...pausinho mágico
hermafrodita avantajada me torno ao balançar
rodopia hipnoticamente uma bela senhora.....em meus
ombros funda-se ganga nos ais exala o cheiro forte de peixe
meu íntimo pulsa acima uma ponte
abaixo meu corpo em chamas....  
debaixo de um rio corrente

POESIA DE BEY CERQUEIRA