segunda-feira, 26 de novembro de 2012

AO SOM DE UM CLARIM


AO SOM DE UM CLARIM

ao som de um clarim, a noite cheira madrugada, pelos becos uma luz bem baixa, e de bar em bar, cada hora mais embriagada, uma menina mulher totalmente perdida, embalada pela dança do tango, a cada boate que entra, um dinheiro na beira do biquine, moças belas, bailarinas, baladistas sobre um ferro, ao meu olhar brilhante olhos, elas se encantam, e me chamam, sobre a mão que embala um berço, a criança canta, sorri, inocentemente, enquanto a menina mulher, lhe faz promessas, promessas, promessas....perde o rumo vai embora, acorda sobre o seu próprio abraço, sozinha, tentando embarcar para e apaixonar, assustada levanta com um sol de 40 graus na cara, que queima seu rosto, cura seu porre, quando ondas borbulhantes lava o seu rosto, a menina mulher acorda de vez, cindo aos trapos, chorando, limpando a névoa, tropeçando pelas ruas, entre os carros, acha sua casa, toma um banho, era quente, e vai trabalhar, no rosto uma forte expressão, para não deixar ninguém entender a sua angustia, mais o blues lhe retorna a memória, tentar o esquecimento era até normal, para que não se perdesse de vez a dignidade, de tentar um novo caminho, procurar o grande amor, no levantar do próximo dia....

POESIA DE BEY CERQUEIRA