Quando era menina foi minha, intensa, nas entrelinhas das minhas coxas, endurecido sempre que a tocava, com força, mostrei-lhe com leveza tantos caminhos, sentia seu cheiro, até seu suor me fazia tremer, na minha cama, ainda moça foi cúmplice desse meu desabar, dessa minha entrega, em fazê-la sobre meu corpo de homem, uma mulher, sem fantasias, nesse mundo de emoções, naveguei dentro dela, arrebentei meus poemas, numa tranquilidade, de um piano afinado, soletro teu nome até hoje, digo a você, que conheço-a como ninguém, até o avesso do avesso, de fora para dentro, essa mulher hoje como sempre linda, cheia de dedos, segredos, me deixa mexido, mexe com meu libido, desarruma meus hábitos, arrepia meus poros, me deixa fraco, eu a quero tanto, como homem que sou, a desejo tanto, desejo fazer amor com seus amores, aqueles amores que apenas um homem senti, as reticências estão abaixo do meu umbigo, em minhas mãos, ao tocá-la, beijá-la, faço propostas a beira rio, preciso matar minha sede desse tesão tão antigo...., e como homem finjo (insisto) sorrindo, em acreditar nas suas promessas.
(TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA)