Sinto uma vontade imensa, de gritar seu nome, de ouvir seus gritos, de cheirar sua boca, de desfalecer-me mais não nos sentidos, apenas para poder ser acariciada de todas as maneiras, acordar pensando que tudo fazia parte de um sonho, e ao olhar para os lados na nossa cama, te ver sorrindo, anunciada com os lábios me pedindo mais. Somos testemunhas de nós mesmas, tanto que estivermos na penumbra ou na luz do dia, na igreja, ou atrás de uma árvore, no chão, ou em cima da mesa, deita comigo, me abraça apertado, deixa seu corpo livre, num gozo que molha nossos braços, nos deixa com frio, profunda insanidade, santidade perdida, que não me deixa lembrar os mistérios que me tira tanto do sério.
POESIA DE BEY CERQUEIRA