Arrisca-se assim como eu vou me arrisquei, entra na floresta, adentro rola no mato, caímos na toca do lobo, prendendo-a na arvore da vida, que dando frutos maduro caia em nossas cabeças, seguro suas ancas, agarro seus cabelos, te puxo para dentro de mim, escorrega, o limo entre nossos seios, endurecidos, vem acariciando nossas vulvas, despertando os instintos dos mais ordinários, arrisca-se assim como eu me arrisquei, vasculhando seus segredos, invadindo você sem olhar-te, meus dedos inchados, nas suas aberturas, arranho suas costas, empurro você num arame enfarrapado, tu enlouquece, enquanto pedia que eu usasse as algemas, e te largar-se ali na chuva fina, priva-se da liberdade, desacorrenta-se, corra, vou te virar do avesso, urra em prós a égua no cio, pueris gritos uma navalha passeando em teu corpo, desnuda, um rio, absorvida, absorvi-me em suas carências lambidas, uma pedra lima, limpa, lentamente uma fogueira se acendeu, em nós duas, fervilhando, são os pedaços de mim que tu trêmula eloquente, sem limites me coloco dentro de sua gruta, saindo, rompeu-se os limites.
POESIA DE BEY CERQUEIRA