Ah! Se todas as pessoas pudessem entender, o que em meu peito alastra que minhas buscas misteriosas, andanças pela madrugada, eu pudesse também disfarçar-me do vexame, me elevando a um tom de doçura, amante, felina, maior, oferecida as ruelas, cheirando o meu deslumbramento, deixando um rastro, de aventuras sem limites, pudera todas as grandes pianistas tocassem para mim, ao ventre, depois sobre um berço, num bar qualquer, sentada a uma cadeira de madeira, com os pés no chão, talhados, olhando as roseiras, que mesmo com espinhos brilham aos meus olhos, ao longe deslumbrada vejo o rio caindo, fazendo curvas, continuando em sua margem, nua, exposta me enxergo no raso espelho do rio, quando te tirei sua pureza, posta ao fluído, de um vaso sujo, de todos nossos sentidos, busquei a razão, mais ela estava infinitamente longe de mim, rasguei-me arranhei-me, mergulhei profundamente, nas tormentas que descia dentre minhas coxas, em brasa, tu és minha, acaricie meu rosto, toco seus seios, desejos que não aceitá-los, sentir meu corpo sobre a água, senti o prazer da carne, corroendo meus ossos, me senti na tua realidade, impuros sentidos, adormece em mim uma criança febril, enquanto ao lado dorme uma mulher, a sombras de um passado,
POESIA DE BEY CERQUEIRA