sexta-feira, 10 de maio de 2013
CANTO DE BAR
Canto de bar que contraste
Nossos corpos dançam em cubos
Vagarosa toma a rédea
Nesse canto de bar fedendo cachaça
Quando lhe peguei pela cintura
Deixei-lhe tonta embriagada de
Tantos amassos eram a parede
Que nos segurava
Apertávamos tanto uma a outra
Que por ali mesmo ficávamos em brasa
Claro tinha que lhe chamar para cama
Para qualquer lugar mais calmo
Ficaríamos mais a vontade
Aonde encontraríamos os nossos segredos
Dos mais sórdidos aos mais puros
E foi daí que vivemos alguns anos juntas
Foi lindo! Inexplicável inesquecível mais
O tempo castiga faz as noites passarem
As vísceras fecharem o sopro sufocar
E num canto de um bar embriagada
Me pego relembrando nossas lembranças
Esguias a mim sozinha em meus braços
POESIA DE BEY CERQUEIRA
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