Venha na lenha
Penetra o meu ventre
Deixa o vento bater
Permita o vínculo do tempo
Em silêncio
Toma a vastidão dos vícios
Deixa fluir nossos arrochos
Em meus dedos
Ou brinquedinho
Nesse rigor de nossos corpos
Desejos intensos guardados
No balançar dos cabelos
Lenta lenha venha na escada
De madeira
Investiga minhas razões
Meus temores seu olhar me decifra
Meus tesões tua boca os calam
Nessa imensidão do tempo que
Deixa pingos na palma
De minhas mãos
POESIA DE BEY CERQUEIRA