terça-feira, 2 de setembro de 2014

A MARCA

A marca de nossos gozos sobre nossos lençóis, que nada o tempo não apaga nada, não fomos fortes o bastante, numa época hipócrita, arrasou a minha vida por ter fugido, foi para longe, minhas entranhas ao te abraçar, chora, me pede mais, flor queimada em minha boca, seja como for, acima do joelho lhe fiz mulher, estreito era a cama, em devaneios, éramos louca uma pela outra, nada se esvai assim,  nós duas somos chamas, são histórias, como você diz, “pensar, me dói profundamente,” o tempo acabou com a gente, a realidade é essa, por nossa culpa,  desarmei-me deixei você me escapar, partilha hoje comigo um pouco da sua estrada, a saudade é grande demais, não aguento  tantos disfarces, você também disfarça bem, é só olhar-me, observa o seu olhar, não foge tanto assim de mim, não se esconde tanto assim da gente.

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA