voraz sobre minha fera que se esconde entre minhas pernas,
tenaz a voz que nos dá febre, entre nossas bocas, abaixo do umbigo, na dança do
ventre, que te engole, devora-me, com sua boca carnuda, molha-me na sua maré,
você e uma mulher em vigília, enciumada, mais que está escrita no meu ventre,
ele te proclama todos os dias, e grita apenas pelo teu nome, meu lapidar, tem
as marcas do seu dedo, dentes, e coxas, é mágico isso meu amor, tesão das
minhas vontades, meu fascínio, o teu sangue eu bebi dentro de uma vontade
louca, eu estava explodindo, meu clitóris estava pulsante, eu sou sua, veja
bem, não tenha dúvida disso nunca mulher amada minha, você é o meu diamante,
seu sorriso, seu olhar, meus desejos, nossos fetiches, não são qualquer um a
fazer, somos uma só, única, amo-te na profundidade de minhas entranhas, e lhe
escondo dentro de minha gruta, para que possamos viver um gozo, ímpar, pleno silencioso ao acaso, ao
inverso, do verso de nosso caso de amor.
POESIA DE BEY CERQUEIRA
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