quando nossos corpos se encontram, em ruelas, nos engolimos, a rua é a nossa morada, a flor do sexo se abre, exala o cheiro da paixão, por todo um quarteirão, esse aroma de mulheres que gozam ardentemente, entra em transe toda uma multidão, carente, houvesse gritos tipo.... putas, meretrizes, perpetuas .....uma garrafa de cubralibre (livres), lascivas, aos próprios instintos selvagens, uma a outra, marcas, feridas, que são lambidas, para amaciar a dor, e eu lhe dou um beijo na face, em um pouco momento de amor....uma na outra, whisky por favor, ele faz até esquecer a dor, num bairro qualquer, fedia, acima subimos, era morro, com luzes baixas, andamos por alguns bares, até toquei violão, e de boca a boca, nos tornamos donas uma da outra, sem percebermos, donas uma da outra, somos marcas da pretensão do não limitar, somos únicas, escondidas, aquele momento, o lado o oposto, do avesso, que grita, é o tempero de duas fêmeas que não tem limites, atravessa a rua e vai para uma construção de terra molhada, arranhando seus púrpuros únicas, nessa urgência ousadia, latente, multiplica-se, cria leite, compasso, pautas com notas agudas, desafinas, pontiagudas, escutamos um piano mal afinado, cheiro do mar aberto, engolidas ao sentir escorrer gruta totalmente aberta, pulsante, e para o dentro do desconhecido, forte.....com a força de uma ferina, no fundo .....o espasmo....acopladas....fomos ao cabaré da casa rosa......
bey cerqueira
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