Vocês as conhecem, pela orgia alimentada, pelas ruas embruacadas, pela cama desalinhada, machucada, por um desconhecido, essa brutalidade nesse desejo vendido, despercebido, um desejo qualquer, arregaça, tranca a porta, aos berros pede um drink, embriaga-se, para aguentar seja o bode que for, porém, comigo não, quero marcar seu corpo sim, com meus dedos, esboça-lo, pintando-o então coloca-lo numa moldura, expondo-o a um preço que ninguém possa pagar, porque eu te quero, quero murmurar em seus ouvidos, aposto ventre, lhe deixando mulher, na beira da cama eu me enrosco, segurando você, lubrificando as suas entranhas, chego até a tua nuca, enquanto meus dedos me acariciam, pensando, sentindo, o gozo quente que desce sobre minhas pernas.
TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA
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