quarta-feira, 8 de outubro de 2014

AO EXPRESSAR

Ao expressar sobre alguma coisa, sobre alguém,  que me foi importante, seja de que forma for, como amante, mulher, como aquela do beco, das ruelas, do chão sujo, da boca suja de batão, fica um pouco difícil, eu pelo menos me perco sobre o tempo, que deixa marcas, elas estão no meu rosto, e vão ficar, eu não me importo com as marcas do meu rosto, o que me importa, o que dói, são essas cicatrizes das quais ninguém ver, estão dentro de mim, apenas vivida intensamente por mim, a cada dia, lembranças as vezes que me trás alegria, outras tantas uma imensa tristeza, são frequentemente alimentadas, destruídas no que eu posso fazer por mim mesma, é como se o mar recuasse, e quando retornasse ao seu lugar, engolia-me, mais as lembranças, os escritos na areia, ele também com uma fúria que só pode vim de Deus, o mar também apagou, a mim restou ficar com isso, se eu pudesse retornaria alguns anos, mais não quero, manter meus pés de galinha na cara, minhas rugas pelo corpo, é saber que eu vivi, vivi intensamente... .

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA

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