segunda-feira, 14 de julho de 2014

SE EU TIVESSE FORÇA

Se eu tivesse força, se eu não tivesse que abafar meus gritos, abaixo o choro que doí, agarrar em Deus nesse momento, seria uma blasfêmia, porque Deus nada tem haver com isso, isento-me de mim, então prefiro deixar Deus só me observando,  procuro caminhar numa estrada, sentindo essa dor que parece uma parte que eu tinha guardado, e parecia bem guardado, tendo que arrancar de mim novamente, buscar uma força sobre natural, matando minhas vontades, jogar fora os meus sentimentos, me distrai, não deveria ter permitido esse sexo,  tanto amor, pensei que poderia, ser o suficiente forte o suficiente para segurar essa barra, o que me impede de gritar, é que eu ainda posso conseguir rasgar meu peito,  sem sangrar, sem ferir, sem me desmontar, tenho que me mantem viva, é como se tudo voltasse, preciso matar isso novamente dentro de mim, matar não, sempre estará vivo em algum lugar, entre meus sonhos, pesadelos, insônias, dedos, porque foi verdadeiro intenso, mais preciso achar a chave desse baú, e o trancar, dentro de um lugar desconhecido de mim mesmo.

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA

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