quarta-feira, 9 de julho de 2014

NÃO SEI

Não sei se podemos ter a ousadia de querer um amor, amor, só vivemos uma vez só,  sei que temos possibilidades, aliás várias possibilidade de termos diversas paixões, elas nascem de um súbito desejo, da solidão da que ficou para trás, damos diversas desculpas, chamamos ela atração, química bateu, fez meu sangue ferver, as entranhas abrirem, o olhar brilhar, aos mãos tremerem, parece tudo tão lindo, talvez seja agora,  no inicio é mesmo assim, não tem hora para sexo, beijar na boca, falarmos até "eu te amo", num momento que preenchemos a cama, parece tudo tão apertado, paixão  marca feito cão com raiva, arranha suas vísceras, tira o chão, a razão, o equilíbrio,  depois basta passar um vento, leve, para ficarmos com uma sensação, que passou, a noite vamos ter absoluta certeza disso, pior hora para passarmos nesta certeza, rolamos para lá, para cá, e nada, tomamos por insônia uma forma de lembrança, viramos sombras dentro do próprio quarto, arrebatamos nossas linguagens em palavrões, uma forma de desabafo, nada adianta, até que no virar de uma ruela, no entrar num bar, para encher a cara mesmo, olhamos ao redor, pronto, outra paixão, aquela que deixamos, que tanto nos tirou do sério, foi apenas um fiasco.

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA

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