Não sei porque de repente me deu uma louca vontade de ser uma manchete, sair na primeira página, como uma dama de um bordel, como qualquer pessoa buscando atenção, ou por um ato de grandeza, não sei porque gostaria da fama, talvez para silenciar os preconceituosos, nunca por dinheiro, não, não sou disso, não quero ter apenas um nome passando por ruelas, sendo a qualquer momento, rasgado em um banheiro sujo, ou deixado no mato, de um lugar qualquer, por uso da própria sobrevivência de estar limpo, quero lutar para conseguir nessa estrada, toda minha, na primeira página, alcançar o topo sem rasgar entranhas, com a força de ser uma mulher, sentarei no colo próprio dos que me difamam, lucrarei um nome, e não verei jamais a página rasgada, num buraco qualquer, que eu possa ter me perdido.
TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA
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