terça-feira, 1 de julho de 2014

A PRECE QUE EU NÃO FAÇO

a prece que eu não faço, posso dizer, não tem nome, não é prece, é lamento, um grito de alerta, que meus impulsos cresçam, meus pontos me faz encurvar, estou pronta, sempre me deixo pronta ao teu estalar de dedos, você, não aparece, nunca aparece, tudo continua no mesmo lugar, porém muito melhor ainda, rodoviária continua fedendo, hotéis, motéis, liberdade, até o mato que tanto cheira a minha safadeza, mantem o lago que espia, através a luz forte de uma lua cheia, espeita , dormente, demente, lá no fundo um barco a deriva, ainda, vamos nadar, navegar, navegar, sobre água gelada, para conseguirmos apagar um pouco o nosso fogo, não, não quero isso, eu quero você continua morando dentro de mim, mesmo que eu não possa lhe tocar, sentir o seu olhar, nos meus olhos, apanhar-te de surpresa, porque a minha identidade, perdeu-se,  você a escondeu, em suas aberturas, congelou-se, virou escultura de si mesmo, nem colocando fogo, nem assim, queima, está em mim, dentro de ti, procuro, procuro, eu te quero, não podemos nos esquecer, precisamos, fingir não nos querer, esconde-se atrás de um amor, já perdido, para não se sentir vazia, e eu me esconde atrás de minha alma, branda, brava, gritando todas as noites pelo seu nome.

TEXTO DE BEY CERQUEIRA

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