quinta-feira, 5 de junho de 2014

EU NÃO SEI

Eu não sei se posso fugir dessas lambadas, ou fingir calada, a dor que sinto,, nesta ferida cravada, porque eu amo tanto, quando me sangro, cada gota tem sua marca, está trancada dentro de um quarto, luz apagada, ninguém se ver, mais sente, o que sente o momento, é um que exala o nosso tesão, no galope, uma imensidão de toques, tão leves, dão duros, numa pegada forte, vou com cuidado, existe o tempo que não rasga as nossas entranhas, mais confessa que somos estranhas, e as horas passam, com elas aprendemos, a nos reconhecer, encontramo-nos ai fica tudo tão fácil, sinto a porteira abrir, suas flores aroma único, você fungando meu pescoço, eu mordendo suas partes íntimas, a intimidade nos aproxima novamente, tento esquecer, porque tenho que voltar, pego a estrada, fria, sinto-me tão só, um asno, eu confesso, pulsa, me perco na saudade, tento alcançar o segredo, para te ter novamente, meu ventre dói, na sua ausência gritante, minhas mãos ficam a vagar, em meu corpo calado, essa saudade que machuca, quando a única conclusão, que amei uma vez só em minha vida, fico perdida na multidão, e começo a beber, de bocas em bocas fico amarga, o chicote queima o coro, não sinto nada, adormecer, nem o cheiro dessa seival, me acalma, me curvo, me envergo, mais não quebro, arde, corre o tempo, exatamente ele que me deu a rasteira.

TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA

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