.....com serenidade, severidade, podemos dançar com os lobos, selvagem, o faro é forte, somos caça dessa fera, frágeis, domamos, entranha, nessa estrada de barro, apavoradas, arranhamo-nos na mata fechada, adentro, chove muito, eu lhe seguro porque tu escorregas, o mato é virgem, verde, ao horizonte nuvens carregadas, nos arrepia, tentando sempre correr ao contrario do urgir dele, e isso nos vira a cabeça, nos faz sentir vontades, lá bem longe, ao fundo uma cabana, vista-a, aonde saia fumaça, se esconde atrás das montanhas, gelamos, corremos, feito lobas, famintas, doentes, tu sangra, eu adoro, quando tu sangra, molhadas, esporramos a porta, lá dentro havia apenas uma cama, era só o que precisávamos, bastou, que coisa meu amor, o lobo parou de uivar.
TEXTO POEMA DE BEY CERQUEIRA
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