Não posso, não quero, nem preciso desvendar-me, definir-me para ninguém, não quero, não vou contar meus segredos, eles estão em pautas, me leiam então entre as partituras de Chopin, entre as linhas do dedilhar de uma grande pianista, que o tempo possa ventar nas curvas das estradas, levantando as ondas nos cais, veja o horizonte, acompanha o arco iris, e me diz amém a todos os encaixes, desfeito até, não tenho medo de mim, nem do que eu sinto, e possa fazer, esconda-se, que eu me abaixo, mais não se anula, ame, não se deixa entrega demais, porque não sei amar, procura embriagar-se nas ruelas, para que o sol não brilhe em seu rosto, quando minhas mãos te acordar.
TEXTO DE BEY CERQUEIRA
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