Adoro demais a terra molhada, o cheiro da queima, do açúcar, esse sal, melado, um arco íris atravessando o céu, acobertando nossa cabana barraca furada, a madrugada, a comida queima, o tesão invade, fede, esse sofá testemunho de suas aberturas, dos nossos galopar nas pontas, meus dedos inchados, minha boca marcada, desse batom de beira de estrada, do outro lado carros, que droga essa luz tão forte, seus seios brilham, adoro roçar em suas coxas, lhe chamar de puta, borbulhar seus pontos, enquanto esse fruto que me arranha, sobre uma cascata, nascente de um útero morto, e me vejo tão louca acariciando suas profundezas, tentando colocar uma semente, nas vísceras, nessa essência intensa de uma vida louca, que queima minhas entranhas
POESIA DE BEY CERQUEIRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário