segunda-feira, 13 de agosto de 2012

NÃO SEI


NÃO SEI

não sei o que queremos, se pisamos em pedras, amassamos vidros, ou gozamos em óvulos, amortecidos, mortos, mordemos corpos estranhos, sugamos leite queimado, nadamos morrendo sufocadas pela areia da praia, endurecemos mamilos enrugados, seios de uma potranca , ou vaginamos desordenadamente, beco escuro, porrado pelo whisky na cara, com o cassete entre as coxas, lambendo as temperadas, quebradas, se embora ao tempo roçar, término temeu seu exílio, um termômetro quebrado, desfolhado aonde não se sente mais a temperatura de duas damas, deixou-se pelo jogo do corpo, ocupar joelhos desviados, cravando a cara entre eles, trocando seus toques afeminados, por almofadas, dedos atrofiados, entre uma longa história, perturbada, já passada, pelo mastro brocha mais afiado.

POESIA DE BEY CERQUEIRA

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