quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ESCREVO


ESCREVO

escrevo com teus lábios, me envolvo pelo calor, nas esferas pode abusar assim. Alguém que ousará penetrar em teu útero, és minha até que eu posso me conter, distinguir, as eras que nos corrompe, películas endurecidas, apertadas nas coxas duras, espora, que se esfera as feras contidas, pela bruxa que as rosas afloram, devoram, entregues as ruelas pelos becos a mim, que te explora, nas paredes estão as cicatrizes de nossas aberturas, partituras que em sintonia, faz harmonia, se entrega, e eu lhe faço perder o juízo, amaciando-a uma menina pequena, que cresce entre meus dedos, e acalma com o toque de minha língua, serena, molequinha, arestas arrancadas lhe passo, com uma ousadia ao destino, púrpuras, carnaval, na ponta da faca, doce velejo, sem dono, ao velejar de suas ancas, chamas queima água viva, aperto a luz, notas tocam aleatoriamente, você dança, sente em mim, perco o juízo, inflama elucida, translúcida, os versos cantam,  uma mulher pintada, de gesso, esculpida na areia da praia, pueril talvez, na parede do meu quarto.

POESIA DE BEY CERQUEIRA

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