Sadicamente uma mulher, uma menina, até uma senhora, sem
raça, sem nome, a não ser LIBERTINA, nunca assinaram sua certeira, corria
sempre a sua liberdade, caia nas mais terríveis armadilhas, escrava da sua
própria tortura, sem escolha, nasceu do ventre, da DAMA do dono de bota espora,
lhe despojou-se aos bichos, fedidos, barbudos, sou simplesmente efêmera de uma
mordomia, que pagava limpando o assoalho, com as mãos feridas, fêmea esquiva a
um olhar de menina, sozinha, até sem
cicatrizes até então, com o tempo queimado o corpo pendurado ao tronco, amarrada,
sem poder dizer uma palavras, chicote
lombo, amaciada pelo cassetete quando as pernas e seus seios eram acariciados, aos
longos beijos, diversos gritos de ausência, de dores, ali na mata do coelho, a
marca da sombra do seu senhor, na árvore que a ajudava em suas raízes, a
recompor a dor dos arranhões em seu peito.
POESIA DE BEY CERQUEIRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário