quarta-feira, 16 de maio de 2012

SADICAMENTE



Sadicamente uma mulher, uma menina, até uma senhora, sem raça, sem nome, a não ser LIBERTINA, nunca assinaram sua certeira, corria sempre a sua liberdade, caia nas mais terríveis armadilhas, escrava da sua própria tortura, sem escolha, nasceu do ventre, da DAMA do dono de bota espora, lhe despojou-se aos bichos, fedidos, barbudos, sou simplesmente efêmera de uma mordomia, que pagava limpando o assoalho, com as mãos feridas, fêmea esquiva a um olhar de menina, sozinha, até  sem cicatrizes até então, com o tempo queimado o corpo pendurado ao tronco, amarrada, sem poder dizer uma palavras,  chicote lombo, amaciada pelo cassetete quando as pernas e seus seios eram acariciados, aos longos beijos, diversos gritos de ausência, de dores, ali na mata do coelho, a marca da sombra do seu senhor, na árvore que a ajudava em suas raízes, a recompor a dor dos arranhões em seu peito.

POESIA DE BEY CERQUEIRA 

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