quinta-feira, 12 de abril de 2012

QUERO O SILÊNCIO

quero o silêncio entre nós duas
na maestria do inverso escondidinhas
aprumo você e te coloco no meu encanto
seguro sua cintura aperto o meu cinto....
você sente feito louca e me dá mordidinhas
seios quentes em minhas costas
somos a própria cumplicidade
tocadas molhadas pelo desejo da madrugada
desvairada sobre nossas entranhas
num vai e vem sem anunciar ainda o amanhecer
um pequeno vento a ereção é inevitável
vai gozar abertamente como uma queda
de cachoeira....
nas encostas serve a cadeira
tato das mãos
dedos lambuzados mostrados
que toca um clássico de liberdade
a língua passa mordo meus seios
sobre fendas endurecidas ao espelho
reflexos densas cheia de tesão
soltas ao fundo somos duas mulheres
que se golpeiam no descer e subir
apertando o nosso sexo endurecido
e lá fora o amanhecer nos abençoando

BEY CERQUEIRA

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